terça-feira, 22 de julho de 2014

A figueira estéril.

Na Palavra de Deus muitas vezes o homem é comparado a árvores. O próprio Jesus declarou ser a videira verdadeira. (Jo 15). No Salmo 1, o homem é “comparado a árvore plantada junto às correntes das águas, suas folhas não murcham e no devido tempo dá o seu fruto”. A Palavra de Deus é a corrente de água viva, que permite conservar a nossa força e vigor, saúde e capacidade para dar muito fruto. Na parábola descrita em Lucas 9:6-9, Jesus coloca o dono da vinha e seu empregado num diálogo fantástico: o proprietário vem ao pomar e procura frutos na figueira e não tendo encontrado, declara ao servo que há 3 anos busca figos e não acha, pelo que ordena que o servo corte a figueira, pois é estéril e, inutilmente, ocupa a terra. Mas, o servo replica: “Não, Senhor, deixa a planta ainda este ano, eu vou cavar em redor dela e colocar estrume. Se vier a dar fruto, bem está, se não, mandarás cortá-la”. V. 8,9. Esta parábola contêm um grande ensinamento espiritual. Vejamos: 1. O dono da terra é o Senhor Deus. 2. O servo somos nós, os líderes, os ministros do Evangelho, os pastores etc. 3. A figueira em questão é uma vida que precisa ser tratada, cuidada, adubada, até que dê frutos. Primeiramente, todo homem precisa dar frutos dignos de arrependimento. Mat. 3: 8.Depois da conversão, o cristão começa a dar frutos pacíficos de justiça (2Co. 9:10); depois, o servo começa a dar frutos de santificação (Rom. 6: 22), que, durante toda a vida, são manifestos pelo fruto do Espírito Santo, Gal. 5:22. Finalmente, todos estes frutos saltam para a vida eterna e o galardão virá pelos frutos, apresentados diante do Senhor. O sábio Salomão declarou em Prov. 8: 19: “Melhor é o meu fruto do que o ouro, do que o ouro refinado e o meu rendimento melhor do que a prata escolhida”. O que significa isto? Nada levaremos desta vida. Jó disse que nu veio a este mundo e nu voltaria para Deus. Mas, o fruto de nosso trabalho, o fruto pacífico de nossos atos de justiça, o fruto do Espírito Santo em nós, deve ser demonstrado com gestos concretos de: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio ou temperança. Estes são os frutos que todo cristão deve manifestar no decurso de sua vida. O justo, que é odo aquele que é justificado pelo sacrifício de Jesus na Cruz, recebe o Espírito Santo e, se verdadeiramente tem o Espírito, saberá manifestar Seu fruto. Mas, o homem do mundo, o que pode manifestar? Ele está na carne, então obviamente manifestará as obras da carne. Quais são elas? Prostituição, impureza, lascívia (desejo exacerbado de prazer sexual), idolatria, feitiçaria, inimizades, brigas, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedeiras, glutonaria e outras coisas como estas. Paulo afirmou no capítulo 5 da Carta aos Gálatas, que quem pratica estas coisas de modo nenhum herdará o Reino de Deus. Se não herda o Reino, para onde que vai? Pense nisso! Mas, como devemos proceder para que os nossos frutos não sejam da carne e sim do Espírito. Temos a nosso favor, a maravilhosa Graça de Deus, que atua em nós, pelo favor de Jesus Cristo. Mas, também existe a nossa parte, que é o desejo intenso de estar sempre cheio do Espírito Santo, em continuo processo de santificação, sem o qual ninguém verá ao Senhor. Temos a impressão que poucos herdarão o reino, não é mesmo? Por isso mesmo, temos que ter lugar de arrependimento em nosso coração. Se não tivermos, devemos orar e pedir ao nosso Pai Criador: “Cria em mim, ó Deus, lugar de arrependimento”. Davi tinha o coração semelhante ao coração de Deus, porque tinha em si lugar de arrependimento. Todas as vezes que os nossos pés se resvalarem, devemos nos humilhar em oração perante o Senhor e confessar os nossos pecados, clamando pela graça salvadora e pelo perdão de Deus, como ensina Davi no Salmo 51. A figueira era estéril. Mas, o servo se prontificou a cuidar dela adubá-la, regá-la, enfim, estar atento à todas as suas necessidades. Este servo da Parábola, representa os líderes, os pastores, os diáconos, presbíteros etc, que precisam tomar as vidas estéreis e fracas em suas mãos, regando-as com a água pura da Palavra de Deus; com os adubos do conhecimento, do encorajamento, das orações, jejuns e todo tipo de cuidado: nas doenças precisam ser visitados e ungidos com óleo santo. Nas fraquezas precisam ser sustentados em oração e animados a prosseguir, sem desfalecer; quando pecam precisam ser exortados com amor, quando são tentados e caem, precisam de uma mão amiga para conduzi-los de volta ao Caminho do Senhor. Certamente, o Senhor Jesus virá buscar seus servos, porque prometeu a Jacó: Eu não me esquecerei de todas as suas obras, para sempre” Amós 8:7. Todos nós compareceremos diante do tribunal de Cristo? Precisamos chegar com um cesto de frutos maduros, que o Senhor possa receber e Se deleitar. Como estão as suas mãos? Vazias? Você tem frutos pacíficos de justiça e paz, de boas obras e de um serviço contínuo de amor? Cada crente precisa se conscientizar de
que precisa dar frutos, pois pelos frutos conheceremos quem serve a Deus e quem serve a carne. E isto será patente aos olhos de todos. Temos dupla responsabilidade: dar frutos que saltam para a vida eterna e, também, cuidar de quem não está dando fruto, como, amorosamente fez o servo do fazendeiro. Você está disposto a buscar a presença do Espírito Santo, para poder ser conduzido por Ele e, através dele dar muitos frutos para Deus? Você está disposto a orar mais para receber a maravilhosa graça de Deus, e, através dela, ter o poder de realizar a obra que nasce no coração de Deus? Você está disposto a confessar que os seus frutos são escassos e miúdos? Eu quero encorajá-lo para que você possa ser fecundo e frutífero em todos os dias de sua vida. Como está seu ministério? Tem havido frutos? Está prosperando? Tem crescido em qualidade, mas, também em quantidade? Você ministra na força e na unção do Espírito Santo? Você tem buscado a direção de Deus para todas as coisas ou tem agido segundo as emoções de sua carne? Lembre-se: “O espírito está pronto, mas, a carne é fraca”! Busque ao Senhor enquanto é tempo de poder achá-Lo! 

Pense nisso! 

Com amor, 

Pra. Aline Castejón Mattar

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