terça-feira, 22 de julho de 2014

A Crucificação de Jesus.


Jesus estava exausto! Depois do Getsêmani, do julgamento e das longas horas em que foi humilhado, machucado, desprezado e maltratado pelos soldados (Mt. 27:27-31), Ele ainda tinha que carregar Sua cruz pela cidade de Jerusalém. Dada a Sua exaustão, provavelmente, Jesus andava muito devagar, e isso retardava a procissão que o seguia. Simão, o Cirineu, um africano que olhava Jesus passar, foi obrigado a carregar a cruz do Senhor. Talvez as pessoas olhassem Simão, como um criminoso carregando sua cruz. Sem dúvida nenhuma, foi uma situação constrangedora para Simão, mas, que honra Simão terá na eternidade! A princípio, Simão foi compelido a se envolver fisicamente na cruz de Jesus, mas, mais tarde, tudo indica que ele próprio escolheu se apropriar do sentido espiritual da cruz de Cristo. Marcos 15:21 fala dos filhos de Simão, Rufo e Alexandre como homens reconhecidos na Igreja cristã e Paulo menciona Rufo, com grande afeição (Rm. 16:13). Não sabemos o que aconteceu naquele trajeto, mas sabemos que este encontro com Jesus, ainda que nas últimas horas do Senhor nesta terra, fizeram toda a diferença na vida de Simão. E você? É um leitor que apenas observa Jesus passar, sem querer tomar parte em sua cruz ou você escolheu ter parte na cruz de Cristo? Pense nisso com carinho!
Muitas pessoas não sabem que a crucificação de Jesus levou aproximadamente 6 horas. Durante as três primeiras horas, das 9:00 às 12:00h, os soldados repartiram a túnica de Jesus; Ele orou pelos seus inimigos; conversou com ladrão na cruz e por fim, deu as últimas recomendações a João em relação a sua mãe. Das 12h às 15h grandes trevas cobriram a terra (Mt. 27:45). Neste período, Jesus sentiu uma enorme agonia em Seu Espírito. Jesus carregou o pecado da humanidade, sentiu o desamparo do Pai e clamou em alta voz: “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?” (v.46) Antes da crucificação, era costume oferecer ao condenado uma bebida sedativa. Jesus recusou tomá-la (v. 34; Mc. 15:22-23). O propósito do Senhor era terminar o trabalho que o Pai tinha confiado em suas mãos. O cálice do sofrimento deveria ser bebido com toda a sua amargura. 
Os quatro evangelhos e também o Salmo 22:17-18 relatam o episódio das vestes de Jesus. Este fato tem um significado espiritual importante para nós. Nos tempos de Jesus, nenhuma pessoa digna se despia em público. Estar desnudado em público significava humilhação e desgraça, mas um criminoso não tinha direito à privacidade. Jesus sofreu todo tipo de indignidade pessoal. Nem sequer na hora da morte teve algum respeito. Paulo em 2 Co. 8:9, faz menção desta indignidade.O pecado desfigura as pessoas aos olhos de Deus. A visão de Jesus nu na cruz era repulsivo. Isaías 52:14 diz que Jesus estava desfigurado.
Em Mt.27:39-44 podemos constatar que quatro zombarias, por quatro grupos diferentes, foram lançadas com a inspiração satânica, no momento da maior dor de Jesus. A saber: os que passavam pelo local (v.39): “salva-te a ti mesmo, se és Filho de Deus”, ou seja, se você não é um mentiroso, desce daí. Era o que Satanás queria; os principais sacerdotes, escribas e anciãos (v.41): eles atacaram o poder salvador de Jesus “se salva outros, salve-se a si mesmo”; os soldados (Lc. 23:36); os ladrões (Lc. 23:39).)
No verso 44 lemos que as trevas cobriram a Terra, das 6h às 9h. Mas, esse não foi um lamento da natureza
pelo Senhor Jesus ou o julgamento de Deus contra Jerusalém. Não, a Bíblia diz que houve trevas. Essas trevas eram uma parte do inferno. Deus chama o inferno de trevas (Mt. 25:30). Uma das pragas do Egito foi trevas (Ex. 10:21). Trevas representaram o julgamento de Deus sobre o pecado do mundo, que Jesus carregou neste momento na cruz.
No verso 46, Jesus clamou ao Pai: “Meu Deus por que me desamparaste?” E esse foi um clamor de desespero, oração de pedido de ajuda e também um clamor cumprindo uma profecia (Sl. 22:1). Mas acima de tudo, foi um clamor de uma fé inabalável, que proclama a confiança em Seu eterno relacionamento com Deus, e essa, nem o poder da terra, nem o poder do inferno poderiam abalar. Durante as 3 horas que antecedem este clamor, Jesus sofreu em silêncio o julgamento de Deus dos nossos pecados.
E, finalmente, as últimas palavras de Jesus na Cruz foram: “Tenho sede”; “Está consumado” e “Pai, em tuas mãos entrego meu espírito”. Seu sofrimento tinha chegado ao fim e Seu corpo foi entregue a morte.
E você, diante desse quadro terrível, como se sente? Queira Deus que essa mensagem toque profundamente o seu espírito de maneira tremenda e inigualável e que a sua gratidão e amor por Jesus alcance a proporção gigantesca que deve ter, pois todos nós estamos diante do maior gesto de amor de todos os tempos!

Com amor,                                                                

Pra. Aline Castejón Mattar

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