quarta-feira, 30 de julho de 2014

A lei da Liberdade.

“Aquele que considera, atentamente, a lei perfeita, lei da liberdade e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas, operoso praticante, esse será bem aventurado no que realizar”. Tiago 1:25.

A pessoa vai levando a vida, estuda, trabalha, casa, gera filhos, passeia, viaja, faz compras, vai à Igreja, entrega fielmente os dízimos e ofertas, seus impostos e contas estão absolutamente em dia, não gasta mais do que ganha, tem estabilidade financeira, a vida quase nunca lhe prega peças, enfim, faz suas orações e cumpre seus momentos devocionais; quando a coisa aperta faz uma campanha, faz retiros, sobe ao Monte, faz vigílias e jejuns...Mas, a rotina é inexorável e os dias passam como sombras... O que há de errado nisto? Nada de errado! Mas, o que faz a diferença é o enfoque que damos aos nossos dias! Qual é a nossa prioridade? Trabalhar, viver, gerar filhos, ter uma vida estável e digna, num contexto, absolutamente controlado e vigiado. Mas, aí é que está a questão! A ilusão de ter tudo sob controle, bem administrado nos mínimos detalhes tem suas exigências! Essas criam muitas pressões, que, na maioria das vezes, nos levam à escravidão. Nós nos tornamos escravos, do trabalho, dos filhos, dos compromissos, do dinheiro, do padrão que escolhemos, do ministério que abraçamos, dos compromissos que criteriosamente agendamos e, assim por diante! E acabamos por nos tornar escravos da nossa carne! E a carne começa a guerrear contra os voos do Espírito! E daí, a frustração entra como um ladrão, sorrateiramente, e vai roubando o que temos de mais precioso! Sabemos que existe uma outra lei que suplanta a lei linear, na qual todas as coisas tem que correr bem, sem nenhum percalço ou solavanco, tudo dentro dos padrões da normalidade equilibrada. Esta outra lei chama-se “lei da liberdade no Espírito”! “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permaneceis firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão” Gál. 5:1.
Sou livre para amar, para desmarcar meus compromissos e tirar um dia só para mim! Sou livre para passar algumas horas contemplando o infinito com seus mistérios, sou livre para abraçar alguém que não vejo há muito tempo, sou livre para alçar vôos imaginários, contemplando o invisível! Sou livre para adorar em espírito e em verdade, longe dos templos, dos ritos, dos esquemas e da rigidez da liturgia.
Porque não faço isto sempre? Porque em minha mente batalham conceitos e velhos paradigmas que não consigo quebrar? Eu me obrigo a fazer as coisas certas para ganhar as bênçãos que eu desejo. Eu me obrigo a cumprir todos os princípios estabelecidos, porque, senão, eu vou bater a cabeça. Eu me obrigo a cumprir rigorosamente a lei e os mandamentos, senão dou com o nariz na porta.... Eu me obrigo a ficar de joelhos, suando a camisa, pelo menos 2 horas por dia, senão não vou alcançar as promessas... e, assim por diante!
Sob a “lei da liberdade” eu fico livre para viver o mistério da confiança em Deus! Ele é Soberano e a cada
dia tem me atraído mais, com Suas surpresas, que gosta de preparar, quando nem mesmo posso supor ou desejar. Nessa “lei da Liberdade” nos rendemos ao imprevisível e ao desconhecido! Deus é um Pai que gosta de andar com Sus filhos em novidade do Espírito! Mas, Ele só pode fazer das Suas surpresas, quando estamos de mãos dadas com ele e nos deixamos conduzir para o desconhecido, sem questionar! Que experiências tremendas tenho tido, e como fico perplexa, desde que decidi, romper com a minha vida quadrada e medíocre!
Eu desisti da ilusão de controlar todas as coisas e também os meu liderados. Eles pertencem ao Senhor. Deixei de ser exigente demais comigo e com os outros também. Resolvi dar liberdade de ação aos mais jovens e inexperientes. Estão livres do meu controle. Sinto-me mais leve e bem disposta! Estou mais animada e sinto a expectativa de que alguma coisa muito boa e fora dos padrões vai me acontecer, a qualquer momento.
Nada mais para mim é tão urgente, a ponto de me fazer correr a corrida dos desesperados. Sinto–me serena e cheia de esperança. Dou-me ao luxo de sonhar com dias melhores e com surpresas, que, unicamente, Deus pode me preparar! 
Onde está minha carne com suas tiranas exigências? Já não penso mais nela. Vivo a vida de Deus em mim! Ele é minha única razão de existir! E dEle eu quero tudo! Espero com paciência no Senhor!  Os olhos do meu coração contemplam o verde das matas, o colorido das flores das árvores, os pastos verdejantes e eu, caminhando no meio de ovelhas tranqüilas, bem nutridas e sossegadas...
Vivo meus dias de sonhos, que, certamente, Deus poderá torná-los numa doce realidade! Por que não?
Pense nisso!
Com amor, 
Pra. Aline Castejón Mattar

terça-feira, 22 de julho de 2014

A bênção da segunda chance...

“.....se o meu povo que se chama pelo meu nome se humilhar e orar e me buscar e se converter dos seus maus caminhos....” 2Cro. 7: 14.
Deus é infinitamente paciente conosco e nos perdoa sempre. Todas as vezes que nos arrependemos e, sinceramente curvamos nossa dura cerviz diante de Sua vontade soberana, Ele nos dá um novo começo. Freqüentemente, nós, os cristãos, cometemos falhas, desanimamos, desviamos e deixamos de perseverar em nossa caminhada. Ou, então, temos nossa vida bloqueada por alguma razão alheia à nossa vontade. Mas, mesmo assim, graciosamente o Senhor nos dá uma segunda chance, um novo começo, uma nova oportunidade.
Foi assim com Joquebede, a mãe de Moisés. Seu filho precisava ser afastado dela por ordens superiores, mas, Deus providenciou uma nova chance e ela pode  criar o seu filhinho querido.(Ex. 2:7-9). 
Miriã, a profetisa também recebeu nova chance quando Deus a perdoou de seu espírito rebelde e a curou da lepra (Nm. 12: 10-15). 
Nabucodonosor, rei de Babilônia virou um animal, viveu no campo, coberto de pelos, comendo capim e uivando como um bicho. Até que reconheceu o poder do Altíssimo Deus! O Senhor lhe concedeu uma nova oportunidade de apresentar-se a Ele com temor e tremor. E ele voltou a reinar. 
Sansão perdeu muitas oportunidades de ser fiel e cumprir seu mandato de juiz com sabedoria. Mas, pediu uma última chance e Deus lhe concedeu. 
Raabe, a meretriz teve uma segunda chance de abraçar o Rei de Israel, ser temente a Deus. Por isso, Deus lhe concedeu muito mais: deu-lhe a honra e o privilégio de fazer parte da linhagem do Messias. 
Paulo perseguia e matava os cristãos. Pois Jesus lhe apareceu na estrada de Damasco e lhe deu uma nova chance e ele se tornou o grande Apóstolo dos gentios. 
A viúva de Naim recebeu a bênção de conviver novamente com seu filho, que, depois de morto foi ressuscitado por Jesus. (Lc 7: 11-17). 
A mulher pega em flagrante adultério recebeu uma segunda chance para viver uma vida temente a Deus. (Jo. 8: 3-11). 
Dorcas, ressuscitada por Pedro, recebeu nova chance de servir a Deus exercendo seu maravilhoso ministério de misericórdia. 
Abigail, mulher sábia, sensata e digna sofria horrivelmente com Nabal,  homem de coração impenitente e duro como pedra. Pois, Deus lhe deu uma segunda chance de ser feliz e preparou sua união com o rei Davi, homem de coração segundo o coração de Deus! Sam.25: 3-42. Que história tremenda é esta!
O reverente Jó, depois de ser afligido por Satanás, provado por Deus, mas, aprovado por sua atitude de humildade, aceitação e paciência, recebeu uma segunda chance de ter uma vida próspera, feliz, rodeado de filhos e filhas, as mais formosas de toda terra. E ainda Deus lhe deu o dobro de tudo que perdeu. Confira sua história no livro que tem seu nome.
Mas, infelizmente a Bíblia registra inúmeros casos de pessoas que rejeitaram uma segunda chance oferecida por Deus, e, deliberadamente, continuaram em desobediência. 
Caim ouviu 7 perguntas feitas por Deus-Pai. Poderia ter sido verdadeiro e declarado: eu matei meu irmão. Ao contrário, cheio de arrogância e presunção redargüiu: acaso sou guardião de meu irmão? Perdeu a oportunidade, pois nele não houve lugar de arrependimento. 
Por duas vezes Salomão foi advertido por Deus e mesmo assim foi permissivo com suas mulheres pagãs, transgredindo a Palavra do Senhor e deixando a contaminação entrar em Israel.  
Eli, o sacerdote foi exortado pelo Senhor por não corrigir seus filhos desobedientes. Continuou pecando por omissão e trágico foi o seu fim. 
O rei Agripa e sua mulher Berenice tiveram duas chances de se entregarem a Jesus, Mas, o rei afirmou a Paulo: Por um pouco que não me persuades a me fazer cristão. (Atos 26: 28) E ficou no “por um pouco”... Há milhares de Agripas e Berenices, que ficam à beira do caminho e “por um pouco” não se curvam à presença do Senhor. 
Esaú teve oportunidade que lutar pela bênção de sua primogenitura. Mas, o prato de lentilhas falou mais alto em sua alma e embora com lágrimas buscasse sua bênção, perdeu a oportunidade para sempre. 
Mas, de todos o que mais teve chances foi Judas, que até a última hora o Senhor lhe perguntou, bem sabendo o que ia em seu coração. “A que vens, amigo?” 
A misericórdia de Deus e Sua justiça andam sempre juntas e estão em permanente equilíbrio. Mesmo que nós experimentemos as conseqüências temporárias de nossa desobediência e infidelidade, podemos receber perdão, certeza da vida eterna e podemos também, após um tempo de disciplina, determinado por Deus, ter a chance de novamente servi-Lo com unção e poder. 
Nossos pecados estão cobertos com o sangue de Jesus, portanto, temos acesso ao trono da Sua graça e misericórdia. 
Deus nos oferece novas oportunidades sempre, embora nova chance não signifique ausência de conseqüências. A justiça de Deus não impede que a pessoa que cometeu erros no passado não sofra conseqüências, mesmo agora numa vida de reverência e santidade.
A misericórdia de Deus é infinita e Sua clemência dura para sempre. Ele é um Deus perdoador e cheio da Graça. Ele não desiste de nós, nunca!
Pense nestas coisas se seu coração está pesado por gestos, palavras ou atos que tem cometido ou cometeu voluntariamente ou por ignorância. Sempre há uma nova chance de recomeçar. Derrame sua alma aos pés do nosso amado Redentor, pois Ele está pronto para recebê-lo de braços abertos. 
Agarre a sua segunda chance! Não compensa viver “recalcitrando contra os agrilhões”. Isto significa na linguagem popular: não dê murros em pontas de facas, porque quem fica ferido é você...
Pondere este recado e prossiga de cabeça erguida daqui para frente, sem ter do que se envergonhar! E que Deus o abençoe com paz.
Com grande amor,
Pra. Aline Castejón Mattar

Deus cuida de você...

“Pleiteaste, Senhor, a causa da minha alma e remiste a minha vida”. Lam. 3:58.
Certa vez, eu li num devocional: “a esperança não é a última que morre e, sim, a que sempre vive” ... Eu gostei do conceito, porque Jesus é a nossa esperança e Ele vive e reina para sempre. Em minha vida já passei por muitos momentos de aflição, provei grandes angústias, desalentos, decepções e agonias de alma. Mas, o Senhor Deus sempre veio e continua vindo em meu auxílio, entrando com providência na hora certa e me dando os escapes nos momentos de grande pressão.  A angústia é um estado de alma muito doloroso, que impede as pessoas de avaliarem claramente as situações, para poderemos tomar decisões acertadas. Pessoas angustiadas perdem o ânimo, o sentido da vida e, algumas, até chegam a desejar a morte.
O Profeta Jeremias foi um homem que experimentou profunda angústia em sua vida: provou muita solidão; chorou por Jerusalém e por Judá; chorou pelos pecados e pela ruína do povo; chorou pela idolatria e pela infidelidade de Israel. Deus lhe deu visões terríveis e revelações estarrecedoras, porém, não obstante a sua dor, o Profeta nos deixou palavras de esperança, que hoje podem vir sobre nosso peito como bálsamo de esperança. Assim ele declarou: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias se renovam a cada manhã. Grande é a Sua fidelidade” Lamentações 3:22,23. 
Se você crer nessas palavras, certamente será consolado. Pense comigo: será que a sua dor é maior do que a dor que o Profeta Jeremias sentiu? Será que você tem o direito de perder a esperança, queixar-se de sua sorte e desertar de seu posto? Será que é saudável você viver reclamando de tudo? Saiba que Jesus é a esperança da glória. Por isso, é também a nossa esperança viva. Ele nos dá a força necessária para suportarmos as dores e males que nos assolam a cada dia. Jesus é o nosso socorro bem presente nas nossas tribulações. Saiba que somos vulneráveis às doenças, dores, tristezas, males de toda natureza e, acima de tudo, ao pecado que é latente em nós. Quando essas coisas nos assolam somos tentados a desistir da carreira proposta, a ficar revoltados com tudo e até com Deus e caímos em depressão, profundamente fragilizados. 
É muito comum ouvirmos depoimentos de pessoas que perderam a fé, e se revoltaram por conta de alguma doença grave, negócios mal feitos, que desencadearam em pobreza; desemprego, um casamento desfeito, uma traição, enfim, coisas que pertencem à essa vida e que pode acontecer a qualquer um. Pergunto-lhe: há coisas em sua vida que estão em suas mãos resolver? Pois, então, resolva e livre-se da angústia e da opressão. Mas, lembre-se de que existem coisas que estão somente nas mãos de Deus. Precisamos confiar nEle e aprender a esperar, porque são tratativas duras que os filhos de Deus precisam passam. Deus sabe de todas as coisas! Ele é um Pai muito amoroso e Seu desejo é permanecer conosco por toda a eternidade. Precisamos entender as circunstâncias de nossa vida. Jó é um exemplo de servo fiel e temente a Deus. Quem diria que Satanás iria reclamar a sua vida e que o próprio Senhor Deus iria consentir nessa coisa bárbara? Pois bem, saiba que Deus é soberano em Suas decisões e não presta conta de Seus feitos a ninguém. Ele tem Seus critérios e age de acordo com o Seu querer! Ele é DEUS! No fim de tudo, após ter passado no doloroso e trágico teste, Jó compreendeu o agir de Deus e, assim, foi duplamente abençoado pelo Senhor!!! Quanto a nós, graças a Deus, que temos Jesus, basta clamarmos, e Ele se faz presente nas nossas fragilidades. Grande Deus! Amamos o Senhor, porque Ele está nas tempestades de nossa vida. Temos que nos lembrar sempre disso!!!
Você tem sentido angústias e apertos, você tem sido humilhado diante dos seus, você está desalentado e não vê saída para a sua dor? Saiba que a Palavra de Deus lhe diz: “tenha bom ânimo! Jesus é a sua viva esperança.” Ele não falha jamais, porque assumiu a sua causa e redimiu a sua vida para lhe dar muitas vitórias!!! Afinal, será que há alguma coisa difícil para o Senhor? 
Pense nisso, e descanse no maravilhoso amor de Cristo!
Com carinho, 
Pra. Aline Castejón Mattar

A visão

“Não havendo profecia (visão), o povo se corrompe.” 
Prov. 29: 18b.
Desde os tempos remotos, Deus fala com Seu povo. Muitas vezes falou por sonhos, outras vezes por visões e ainda pela boca dos profetas. Observamos que, na maioria das vezes, eram visões estranhas e difíceis de serem decifradas. Os homens ficavam espantados e amedrontados. Eu me recordo do servo Jó, que contendendo com Deus, assim se expressou: “...então, me espantas com sonhos e com visões me assombras.” Jó 7: 14
Na antiguidade, Deus conduziu Israel com braço forte para cumprir, integralmente, o Seu propósito de origem. O salmista declarou: “Outrora falaste em visão aos teus santos e dissestes: a um herói concedi o poder de socorrer; do meio do povo, exaltei um escolhido.” Sl. 89:19.
Hoje não é diferente, porque temos Jesus, o escolhido das Nações, que tem o poder de nos socorrer! Deus continua imutável no seu propósito inicial e nada, nem ninguém impedirá o Seu agir. Deus olha a humanidade com uma visão específica: Ele vê Seu povo como um todo, Ele vê os eleitos, a multidão dos salvos, que formam a Sua Igreja universal, que estão sendo lavados no sangue do Cordeiro, o Seu Filho amado, em quem Ele tem todo prazer. Hoje temos a Palavra de Deus, consumada por Jesus na Cruz do Calvário, e ela precisa nos bastar. Tudo já foi escrito, nada podemos acrescentar, nem cortar, apenas precisamos cumprir e praticar sempre, aquela que é o nosso mais nobre legado. O final do livro de Apocalipse contém uma severa exortação, referente à Palavra de Deus: “se alguém lhe fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos nesse livro. E, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro dessa profecia, Deus tirará a sua parte na árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas nesse livro” Ap. 22;18 e 19. Terrível, não?
Em toda Palavra de Deus, a visão é clara, desde Gênesis até Apocalipse. Tudo já foi declarado e nada há que se possa acrescentar. Fico pensando em muitos profetas neopentecostais, que trazem profecias sem base alguma na Palavra de Deus e o perigo que isso traz às igrejas. Sejamos sensatos! Toda profecia precisa ter uma base bíblica. Ademais, Deus já falou todas as coisas concernentes à nossa salvação e santificação. Agora, cabe a nós o estudo e a meditação diária das escrituras sagradas, para conhecermos mais profundamente e prosseguirmos em conhecer como exortou o Profeta Oséias. 
Quanto às demais nações, com seus costumes e tradições, deuses e ídolos, hábitos e maneiras de viver, não são levadas em conta, no que diz respeito aos planos de Deus, para o cumprimento do Seu propósito inicial. Mas, é claro, que, precisamos pregar o evangelho a toda criatura e não nos esquecer nas nossas orações dos países onde a maioria adora outros deuses.
Lamentavelmente, hoje, são poucos os que têm uma visão consoante com o plano de Deus. Vemos a grande maioria dos que se dizem servos, buscando seus próprios interesses e deleites, correndo à sua própria casa, como profetizou Ageu e agindo apenas visando lucros e oportunidades. E, quando pilham uma “oportunidade”, mostram a vida forte da carne, que ainda não foi crucificada com suas emoções à flor da pele. Essas pessoas são carentes de entendimento e de luz, carentes de bom senso e de visão do Reino de Deus. Esses, como diz Isaias, “erram na visão e tropeçam no juízo”. Estes se embriagam, não com o vinho, mas, com suas próprias ilusões e vaidades. 
O profeta Isaias descreve, magistralmente, a cegueira espiritual e a hipocrisia do povo, no capítulo 29: 9-16. E é disso que estamos falando. “Visto que esse povo se aproxima de mim e com sua boca e com seus lábios me honram, mas, o seu coração está longe de mim e o seu temor para comigo consiste em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu, continuarei a fazer obra maravilhosa no meio deste povo; sim, obra maravilhosa e um portento, de maneira que a sabedoria dos sábios perecerá e a prudência dos prudentes se esconderá. Ai dos que escondem, profundamente, o seu propósito do Senhor e as suas próprias obras fazem às escuras e dizem: quem nos vê? Quem nos conhece?”
O fogo purificador do Senhor já está aceso e quem tem ouvidos para ouvir, ouça o que o Espírito está falando à Igreja. Pela boca do Profeta Zacarias, Ele disse: “Farei passar a terça parte pelo fogo e a purificarei como se purifica a prata e a provarei como se prova o ouro; ela invocará o meu nome e eu a ouvirei: direi é meu povo e ela dirá: O Senhor é meu Deus.”  Precisamos suportar essa tratativa que não é outra senão o Batismo de fogo a que se referiu João Batista. Cf. Mat.3:11.
Que você e eu sejamos contados entre esta terceira parte, que se deixará purificar e provar como se prova o ouro e a prata escolhida; e que possamos deixar o Senhor nos tratar, segundo a Sua palavra e propósitos. Que não sejamos como cegos, que guiam outros cegos... Precisamos clamar para que o Espírito do temor de Deus seja derramado nas mentes e nas almas. Que a visão do Reino de Deus seja clara para nós! E que, finalmente, saia de nossa boca apenas aquilo que for para edificação do Corpo de Cristo, na Terra.
Com amor,
Pra. Aline Castejón Mattar.

Bálsamo de Gileade

No livro de Cantares há três versículos que falam sobre aroma: o das vides em flor, o aroma dos bálsamos e dos ventos que sopram nos jardins. 
“A figueira começou a dar os seus frutos e as vides exalam o seu aroma...” Cant. 2: 13.
Quanto melhor é o teu amor do que o vinho, e o aroma de teus bálsamos, do que toda sorte de especiarias!” Cant.4:10.
“Levanta-te, vento norte e vem tu, vento sul; assopra no meu jardim para que se derramem os seus aromas...”. Cant.4: 16.
Podemos ver que no primeiro verso o aroma está intimamente ligado aos frutos, no segundo versículo está ligado ao amor e no terceiro, aos ventos. O que isto significa? O Ap. Paulo declara em 2Co. 2: 14 e 15, que “Cristo nos conduz sempre em triunfo e manifesta, através de nós, o perfume do Seu conhecimento. Porque somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos, como nos que se perdem. Para estes, cheiro de morte e para aqueles, aroma de vida, para vida. Quem, porém, é suficiente para estas coisas?” 
“Pelos frutos conhecereis”, disse Jesus. O cristão fiel dá frutos que saltam para a vida eterna. Ele está ligado à Videira Verdadeira. A “seiva” provém de Jesus, por isso nutre os ramos, para que eles produzam um bom fruto. No Evangelho de João, capítulo 15, isso está muito bem explicado. 
O que dizer do bálsamo? Jesus é bálsamo para os feridos, os machucados, os excluídos e para todo aquele que precisa de alívio. Bálsamo está ligado ao amor, ao refrigério, ao descanso, à paz, bonança e frescor. Só Jesus pode nos dar tudo isso, por isso, diz-se que Ele é o “bálsamo de Gileade!”
Na manhã da ressurreição, as mulheres prepararam bálsamos perfumados para embalsamar o corpo morto de Jesus. Mas, o amor de Jesus foi mais forte do que a morte e triunfou, espalhando o bom perfume do Seu conhecimento, o perfume da vida indissolúvel, que está nEle, e que nos dá a garantia da vida eterna!
E os ventos? Jesus disse que “o vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabe donde vem, nem para onde vai; assim é todo que é nascido do Espírito”. João3: 8.
O vento do Espírito precisa soprar sobre a nossa vida para que possamos espalhar o bom aroma de Cristo, porque em nós não habita bem algum. O fruto de nossa obra se manifesta em aroma de vida, quando o poder do Espírito opera em nós. Se fizermos a obra da carne, o cheiro que vai exalar será de morte. Mas, se fizermos a obra do Espírito, o cheiro será de vida para vida.
Certa vez, no litoral eu vivi uma experiência muito interessante. O vento fresco e agradável do mar soprava no meu jardim, mas, um vento quente, prenúncio de tempestade vinha do norte e lutava para dominar sobre o vento do mar. Aquilo durou um bom tempo e eu fiquei sentindo na minha pele aquela “guerra”. Diz a Palavra que o vento norte é figura do mal. Quem iria prevalecer? Mas, em dado momento, cessou o vento norte e a brisa suave e fresca inundou o ambiente. Que alívio!!! Pensei: o bem sempre vence o mal!!!
Assim é a vida! Temos momentos de guerra e momentos de paz. Vivemos experiências dolorosas que são difíceis de suportar. Mas, também temos momentos de refrigério e alegria. Tudo passa! Tudo tem um começo, meio e fim!!! Bom é compreender os ditames da vida e melhor ainda é conhecer a Palavra de Deus que tem respostas para todas as coisas. Bom é poder espalhar o aroma suave das ofertas pacíficas do
nosso amor a Deus e à Sua Palavra e do conhecimento de Cristo em nós; não mais oferecendo bolos de farinha, azeite e incenso, mas podendo apresentar os nossos corpos por sacrifício vivo e santo, agradável a Deus, num Culto racional.
E você? Que aromas tem espalhado em sua vida? Por onde você passar deixará um perfume no ar! E é justamente esse perfume que fará a diferença. Que todas as suas ações e gestos venham acompanhados do aroma do bálsamo do amor de Cristo Jesus.
E que o vento do Espírito Santo sopre sobre a sua mente, revelando ao seu coração muito mais do que eu coloquei neste papel. E, que os seus frutos sejam sazonados e perfumados, como a florada dos frutos magníficos que foram criados por Deus. 

Que o Senhor o abençoe ricamente!

Com todo amor da

Pra. Aline Castejón Mattar

O naufrágio

“Dando, porém, num lugar onde duas correntes se encontravam, encalharam ali o navio; 
a proa encravou-se e ficou imóvel, mas, a popa se abria pela violência do mar”. Atos 27:41. 

Era meia noite do 14º. dia! A fúria do mar Adriático açoitava o navio violentamente, de um lado para o outro.A tripulação, Paulo e os outros presos estavam no meio dessa tormenta, sendo enviados para a Itália.Foram dias de muita tensão, pavor e assombro, frio, fome e desalento. Eles enfrentaram um tufão de vento, chamado Euroaquilão, que arrastou a nau com violência, não se tendo outra saída senão cessar as manobras e deixar o navio à deriva. A intempérie era terrível, não se enxergava nada e a nau estava completamente encoberta por névoa espessa. Não adiantava Paulo falar do perigo que estavam enfrentando, porque o centurião dava mais crédito ao piloto e ao mestre do que a Paulo.Importante lembrar que, naquele tempo, os marinheiros se guiavam pelas estrelas e não havia possibilidade alguma de se ter qualquer visão e comunicação, de maneira que se dissipou toda esperança de salvamento. 
No entanto, naquela mesma noite, o Senhor e soberano Deus enviou um anjo do céu, que lhe disse: “Paulo, não temas! É preciso que compareças perante César, e eis que Deus, por sua Graça, te deu todos quantos navegam contigo”.Que alegria e alívio deve ter sentido o Apóstolo do Senhor! E, imediatamente, com as esperanças reavivadas,Paulo dirige-se ao demais, contando da intervenção do anjo e das palavras proferidas para todos.“Portanto, senhores, tende bom ânimo, porque eu confio em Deus, que sucederá do modo como me foi dito.” At.27:24-26. 
Ainda que, humanamente, a comunicação fosse impossível, no entanto, não foi impossível para o Senhor Deus! 
Então, Paulo, exortou a todos que deveriam comer, pois estava já há 14 dias em jejum e era necessário que recobrassem ânimo, pois iriam precisar de força e vigor. Tendo dito isso, tomou um pão, deu graças a Deus, na presença de todos e começou a comer e todos os demais fizeram o mesmo. Ao amanhecer, avistaram uma praia e todos se lançaram ao mar, alguns nadando, outros apoiando-se em tábuas ou nos destroços do próprio navio. Assim, todos se salvaram, conforme profetizou Paulo, porém, o navio ficou destroçado! 
Com toda tecnologia que conhecemos nos dias de hoje, nem dá para imaginar aquela travessia perigosa,provavelmente, nos anos 80 da era cristã... Entrava-se num navio, sem saber se de fato se chegaria ao porto! Quanta coragem daqueles primitivos navegadores, que enfrentavam o desconhecido na imensidão do mar, sem poder prever absolutamente nada! 
Nós podemos tirar princípios fantásticos dessa epopeia que viveu o Apóstolo Paulo, nos seus dias de peregrinação. Vejamos: 

1. Deus tem o controle de todas as coisas em Suas mãos. Nada Lhe escapa aos olhos. Ele tem Seus métodos, tem a Sua hora e, cabe a nós, apenas crer, confiar e esperar com fé. 

2. Quando estivermos passando por tempestades em nossa vida e mesmo quando nossos sonhos naufragam e toda nossa esperança se dissipa, devemos ficar quietos, somente em oração, entregando, confiando e descansando nos paternos cuidados de nosso Deus. 

3. Não adianta querer “ajudar” a Deus, nos nossos momentos de sofrimentos, lançando mão de estratégias humanas, passíveis de erros e confusões. Deus é soberano e dispõe os nossos dias como quer, sempre visando o nosso bem. 

4. Ainda que tudo nos seja completamente desfavorável, há um Deus que vê e que entra com providência, no momento certo, para nos livrar de todas as aflições. Não adianta reclamar, agitar-se e ficar desgastado, porque no momento certo, Ele dará o BASTA! 

5. Os propósitos de Deus são soberanos e ninguém impede o que Deus quer realizar em nós e através de nós. Nós vivemos por fé e não por vista. Certamente isso nos será imputado por justiça! 

Assim foi com Paulo e será comigo e com você! O nosso Deus é o mesmo ontem, hoje e sempre! Você anda atribulado? Seus sonhos têm naufragado? Suas esperanças têm se dissipado? Você não está vendo saída? Você tem sido sacudido de um lado para o outro, sem noção do que pode estar acontecendo? Você está desanimado e deprimido? Pois espere em Deus!!! Você ainda vai louvar e adorar o Senhor! Aquiete-se e saiba que o Senhor é Deus! 
O que fez Paulo no meio daquela procela? Aquietou-se e apenas orou!Por sua causa todos se salvaram e coisas ainda tremendas aconteceram nos dias subsequentes. Leia o capítulo 28 inteiro e veja quanto o Senhor agiu, e quão grandes coisas foram realizadas, por intermédio da vida de Paulo. 
“Bem-aventurado o homem que põe no Senhor a sua confiança e não pende para os arrogantes, nem para os afeiçoados à mentira. São muitas, Senhor Deus meu, as maravilhas que tens operado e também os teus desígnios para conosco”. Salmo 40:4. 
Meu irmão, pense nisso! Como você está reagindo diante dos problemas que estão fazendo você se afogar? Pare, ore, espere e proclame o poder e a Graça do Senhor Jesus, por todos os dias de sua vida.Ele certamente o ouvira!!! 

Com amor, 

Pra. Aline Castejon Mattar

Vença a sua carne!

“Santificai a Cristo, como Senhor em vosso coração estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós”. 1 Pe. 3:15.
A guerra é repugnante, isolante e sempre aterrorizante. Qualquer veterano de guerra é traumatizado, e, por anos a fio luta contra as conseqüências deprimentes do horror que sua alma presenciou.
Na vida espiritual não é diferente. Nossas guerras espirituais não são contra a carne e sangue e sim contra os principados e as potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestiais. Ef.6:12. Isto significa que não temos que combater as pessoas, mas, os demônios, que atuam através delas. 
Satanás já foi vencido e derrotado por Jesus. Nós não temos parte com ele. Apenas precisamos expulsá-lo de nossa presença, vigiando, resistindo e orando sem cessar, com discernimento. Porém, Satanás e seus demônios ainda atuam nas regiões celestiais, usando pessoas, como verdadeiros instrumentos do mal para nos derrubar e para trazer toda espécie de divisão no Corpo de Cristo, a saber, a Igreja. 
O mundo faz seu apelo sujo e pode até nos contaminar, atrair ou confundir. Porém, a pior guerra que enfrentamos é contra a nossa própria carne, que milita contra o nosso espírito, incansavelmente. Por isso mesmo, Deus, no seu infinito amor e misericórdia nos deu uma armadura especial para proteger todos os nossos órgãos vitais dos ataques mortais. Efésios 6:11-18, declara: “Revesti-vos de toda armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo...Portanto tomai toda armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade, vestindo a couraça da justiça; calcai os pés com a preparação do Evangelho da Paz, embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai, também, o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, com toda oração e súplica, orando em todo tempo, no Espírito, e para isso, vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos...”
Que Deus maravilhoso que já nos equipou com uma armadura completa, para nos fazer vencedor nas nossas batalhas diárias! Se temos a Graça, o sangue, se temos a Palavra, o escudo da fé, a couraça da justiça e o sapato da paz, que esmaga a cabeça da serpente, a cauda do escorpião e o cinto da Verdade, porque então, existem tantas derrotas na vida do cristão?
Impressionante como alguns crentes são desavisados e despreparados quando saem para o campo de batalha! Ao observá-los temos a nítida impressão que contemplamos verdadeiros farrapos humanos, famintos e pobres, tentando, loucamente, vencer as lutas com a sua própria força, com pauladas e varapaus... Por isso, aumenta o número dos feridos, nesta guerra inescrupulosa e inútil, que se chama carne.
Mas, há um Deus que tudo vê! Aleluias! As boas novas de Jesus são mensagens de amor, mas, ao mesmo tempo, armas poderosas em si mesmo para apagar muitos dardos inflamados do maligno. Ah! Se o homem pudesse entender completa e profundamente o teor destas mensagens! Sua vida nunca seria de guerra e sim de constante e verdadeira Paz!
Na verdade, os opositores se opõem a nós porque percebem em nossa vida, a Paz que falta neles. Detectam em nós a presença do Espírito Santo e a unção que eles não têm. Por isso, o maligno coração transpira invejas amargas, ódios e vinganças, que se transformam em contendas. Precisamos a cada dia santificar Cristo em nossa vida como Senhor, em tudo fazendo Sua vontade, como afirmou o Apóstolo Pedro, para que possamos saber responder perfeitamente aos que questionam a razão da esperança que há em nós, a saber: Jesus Cristo, o nosso amado Senhor. Assim, os opositores serão envergonhados de suas calúnias. E, não tenha dúvidas: Deus mesmo se incumbirá de fazer isto!
Que você não fique desanimado, quando for questionado pelos outros e arguido com palavras de agressividade por seus inimigos. Lembre-se da armadura que está à sua disposição. Lute, sim! Mas, revestido com seu poderoso “uniforme” de soldado de Cristo, bem sabendo que Ele é o Capitão dos Exércitos e está à sua frente, comandando as suas batalhas! Com Jesus poderá haver derrota para você? Jamais!
Pense nisto e levante sua cabeça, pois Deus é com você! 

Com amor, 
Pra. Aline C. Mattar

O medo, esse vilão!

“... Aquele que tem medo não é aperfeiçoado no amor. 1 Jo.4: 18.

Uma criança solitária experimenta muitos medos. Sua imaginação corre solta e ela fica vulnerável aos ataques das emoções desordenadas, dos tormentos e das fobias. Já a criança que está na presença dos pais, ou no colo de sua mãe nada teme e vai em frente com confiança, alegre e feliz. Assim é nossa vida com Deus. O indivíduo que não tem Deus é atormentado por fobias e sofre um pânico absurdo. Já o filho de Deus, que provou a bondade do Senhor e teve experiências com Ele sabe que está seguro e, Suas mãos. O medo se interpõe à fé e nos deixa desajustados e inseguros, fazendo-nos perder o controle da situação. “O medo produz muitos tormentos e aquele que tem medo não é aperfeiçoado no amor”. O que significa isso? A Palavra de Deus declara que o amor lança fora o medo. Você ama o Senhor de verdade? Muitos dizem que amam o Senhor, mas, com suas reações provam bem o contrário. Se amamos o Senhor, verdadeiramente, confiamos nEle, esperamos nEle e nos entregamos, incondicionalmente a Ele. Amor e entrega caminham de mãos dadas. Quem ama se entrega de corpo e alma. Quem ama, crê como Abraão, independentemente das circunstâncias. Ele tinha 100 anos, já não tinha virilidade alguma, pois a sua vida sexual estava amortecida. Contudo, creu na Palavra de Deus. 
Logo, a fé é uma ferramenta que dissipa os nossos medos interiores. Abraão, esperando contra a esperança creu e, através da sua fé, fortaleceu-se, dando glórias a Deus. Ora, se é a fé que nos fortalece, mais do que nunca precisamos ter fé nesses tempos trabalhosos.
Do que você tem medo? Do que pode lhe fazer o homem violento, dos assaltos, dos ladrões, dos sequestros, da velhice, da pobreza, da dependência de terceiros? Eu lhe digo que devemos ser precavidos, prudentes e, naturalmente, fazer a nossa parte, para que Deus possa nos abençoar. Mas, quem sabe você
tem medo da morte, do futuro ou do diabo, que nos rodeia, sem nos dar trégua? Eu lhe digo que para tudo isso a Bíblia tem as respostas. Medo da morte? Jesus venceu a morte e se você está em Cristo, ainda que morra, você viverá! Medo do futuro? Entrega o teu caminho ao Senhor, confie nEle e Ele tudo fará. Ele é Jeovah Jireh, o Deu provedor. O salmista disse que foi moço e que já era velho e que nunca viu o justo e a sua descendência mendigar o pão! Medo do diabo? Ah! Não perca tempo!!! Jesus já o derrotou e a sua cabeça foi esmagada pelos pés do Valente!!! O medo é um gigante da alma que precisa ser vencido, senão ele o vencerá!!! Quando foi que os homens da Bíblia sentiram medo? Darei alguns exemplos:
1. Adão depois de pecar teve medo e se escondeu. Gen 3:10.
2. Jacó teve medo de seu irmão, pois pecou contra ele. Gên 32:7.
3.Moisés fugiu da presença de Faraó, com medo, após ter matado o egípcio. Ex.2:15
4. Saul teve medo de Davi, por isso procurava matá-lo. 1 Sam. 18:29.
5. Herodes teve medo de João Batista, por isso, ordenou a sua morte. Mateus 14:1-12.
6.O servo inútil teve medo do homem nobre. Lc.19 21.
7. Os discípulos trancaram as portas e tiveram medo dos judeus. Jo.20:19.
Percebe como o medo está ligado ao pecado e à falta de fé? Donde se conclui que devemos, desesperadamente, orar a Deus e clamar por Seu perdão se, por caso pecarmos contra Ele. Adão pecou contra Deus, desobedecendo a Sua Palavra e teve medo; Jacó pecou contra seu irmão Esaú e teve medo de uma vingança; Saul pecou contra Davi; Herodes estava em pecado, por isso não suportou as denúncias do Profeta; o servo mau pecou contra o nobre que lhe confiou uma mina, por isso teve medo; os discípulos se trancaram em casa com medo dos judeus... Eles pecaram contra Jesus, não crendo em Suas palavras e promessas. 
E você? Do que tem medo? Creio que só de uma coisa podemos ter medo: dos nossos próprios pecados e carnalidades. Jesus declarou: “não tenham medo dos que matam o corpo e, depois disso, nada mais podem fazer. Eu vos mostrarei a quem devem temer: temei Aquele que, depois de matar o corpo, tem o poder para lançar no inferno. Sim, digo-vos a esse deveis temer” Lucas 12:4,5. Percebe, o que Jesus quis ensinar às multidões?  São os nossos pecados que nos separam da presença de Deus; são os nossos pecados que abrem brechas para o diabo ter o direito de nos roubar, matar e destruir; são os nossos pecados que nos metem em pavor, horror e medo; são os nossos pecados que anulam a nossa fé e são os nossos pecados que provocam o pânico em nossa vida. Mas, tenho boas notícias para você:
1. “É a Graça de nosso Senhor Jesus Cristo que nos salva da ira vindoura. 1 Tess. 1:10. 
2. “A vitória que vence o mundo é a nosso fé”. 1 Jo.5:4.
3. “Não te mandei Eu? Sê forte e corajoso, não tenha medo, nem te espantes, porque o Senhor teu Deus é contigo por onde quer que andares” Josué 1:9.
Josué tinha mil motivos para ter medo de tantos povos inimigos que rodeavam Canaã. Mas, confiando na Palavra do Senhor, ele os venceu a todos e tomou posse da Terra prometida. 
Seja forte e corajoso! Creia na Graça, fortaleça a sua fé e, de uma vez por todas, assuma compromisso irrevogável com o Senhor.
Que o Senhor o abençoe e aperfeiçoe para a glória de Deus.

Com amor, 

Pra. Aline c. Mattar

Não olhe para trás...

“Jesus, porém, lhes responde: ninguém que,
tenha posto a mão no arado, olha para trás é apto para o Reino de Deus”. Lucas 9:62.

Você já reparou que a grande maioria das pessoas não termina o que começou? Estou falando de pessoas do mundo e da Igreja também. Que sensação de frustração deve encher esses corações! É horrível desistir na metade do caminho, pois isso denota fraqueza, fracasso, caráter fraco, negligência e desprezo por si mesmo.
Quando recebemos uma bênção, uma promessa ou incumbência de Deus, precisamos tomar  posse e lutar para alcançar a vitória!
Imagine se Neemias tivesse desistido de restaurar os muros de Jerusalém quando Tobias, Gesém e Sambalate chegaram para confundi-lo, amedrontá-lo e desafiá-lo? Imagine se Davi tivesse recuado quando Saul começou a persegui-lo? Imagine se Paulo tivesse desistido de seu ministério quando foi preso? Imagine se os servos de Deus tivessem recuado quando vieram as perseguições, martírios, prisões, açoites e fortes desalentos?
Nós devemos desistir, sim, é do pecado, da ignorância, dos mexericos, das fraquezas, do desânimo, da avareza, da negligência, das reclamações, das queixas, das questiúnculas, da preguiça, da carnalidade que nos assedia sempre e de tantos outros males!
Muitos desistem da Igreja em que nasceram e foram plantados e saem à procura de uma Igreja que satisfaça a sua vontade própria. Isso é o mesmo que desistir de Jesus, dos Seus planos, das Suas promessas e da obra que Ele confiou em suas mãos. Ademais também denota uma infidelidade muito grande com Aquele que deu a Sua vida por nós e a garantia da Vida indissolúvel e eterna. Nada justifica desistir das tarefas que o Senhor nos dá, pois de todas as coisas haveremos de prestar contas.
É o Senhor Deus que nos chama, que nos escolhe, capacita e levanta para a Sua obra. É o Senhor Deus que nos enche do poder do Seu Espírito Santo para implantar o Seu Reino na Terra. Que possamos tomar uma atitude de sabedoria, humildade e fé e que tenhamos mais temor do Senhor, levando mais a sério a Igreja do Senhor, as orações, o nosso compromisso com Deus nos Cultos e em nosso Ministério e os dons que o Senhor nos deu. Você foi 
chamado para ensinar? Então, prepare as suas aulas com capricho e amor. Você foi chamado para
evangelizar? Então, vá buscar as vidas que nesse mundo estão perdidas e desalentadas. Traga-as para a Igreja, cuide delas, evangelize seus familiares. Você foi escolhido para ser diácono? Pois cumpra seu diaconato com alegria e amor, porque coisa muito preciosa para Deus é ter um coração de servo.
Vamos olhar para Jesus e para os servos fiéis, verdadeiros heróis da fé e vamos imitá-los para que alcancemos corações sábios, o caráter de Cristo e a fé destemida. Arme-se da armadura do cristão, a fim de receber o poder e as virtudes de Jesus, para poder vencer as lutas do dia a dia. Saiba que será mais que vencedor! Seja firme e forte. Não se atemorize com as más notícias e lembre-se de que há galardão para você.
Que Deus o abençoe ricamente com a ousadia do Espírito e que você se sinta um privilegiado nas mãos do Todo Poderoso.
Com amor,
Pra. Aline C. Mattar

O clamor de uma anciã.

Até quando, Senhor? Já não aguento mais e desfaleço na Tua presença. Esvaiu-se toda minha força. Meus olhos nadam em lágrimas e meus lábios se fecham. Minha boca está seca, o coração disparado e me doem os ossos das minhas costas. 
Até quando, Senhor? Clamo pelos justos que em Ti esperam. Clamo pela causa do necessitado. Ó Deus, ouve o meu clamor! Por que, Senhor? Responde-me! Ando gemendo por tantos anos de espera, ando encurvada pelo peso que carrego nos meus ombros. Ouve o meu clamor, Senhor Deus e Pai. Minha alma está abatida e meus pensamentos fogem como pássaros. Contudo, eu me lembro de que estou em Tuas mãos! 
Até, quando, Senhor, viverei nesse suspense? Ai de meus sonhos e propostas... Ai de meus planejamentos e intenções... Quando poderei realizá-los? Vai-se dia, vai-se noite, semanas e meses, anos e anos de angustiosa espera... Contudo, o Senhor é a minha força. O choro pode durar uma noite, mas, a alegria vem pelo amanhecer! As esperanças são renovadas a cada manhã, por causa da grande misericórdia de meu Deus!
Até quando, Senhor, sofrerei a afronta do inimigo? Até quando sofrerei a desconfiança dos que estão perto de mim? Até quando, Senhor, ficarei envergonhada diante do ímpio? Até quando, Senhor meu, sofrerei o desdém e a humilhação dos meus inquiridores? Até quando terei que responder aos que duvidam da razão da minha esperança? Até quando terei que dar explicações e satisfações aos que nada têm para me oferecer? Contudo, o Senhor me consola e derrama bálsamo e mel em minhas feridas interiores.
Até quando, Senhor, andarei tateando como fazem os bêbados entorpecidos e os cegos que não enxergam a luz? Até quando, Senhor, meus suspiros e meus ais, abafarão o meu grito no meio da noite? Contudo, Deus é o meu amparo, o arrimo da minha sorte, o meu bom Pastor e Aquele que me sustenta em Suas mãos.
Ah! Quem me dera ter asas como a águia! Eu voaria, voaria, alcançaria altura e pousaria nos pináculos das montanhas mais íngremes da terra!!! Ali faria meu ninho, longe das calamidades, das mentiras, dos subterfúgios, das desculpas que não me convencem e dos mistérios que não compreendo!
Ai, quem me dera poder olhar além do horizonte e além do véu, que encobre o arrebol das tardes tristes e sombrias! Ai, quem me dera compreender os desígnios de Deus e as Suas horas! Ai, quem me dera vislumbrar, ainda que de longe o que Senhor pretende com tudo isso... Contudo, aguardo o dia do BASTA! Deus sempre dá um basta em todas as coisas! É questão de tempo e o tempo de Deus é bem diferente do meu tempo! 
Lembra-Te de mim, Senhor, nas minhas aflições! Eu sei, Senhor, que Tu te importas comigo e conheces muito bem os meus limites e a minha estrutura!!! Tu sabes que eu sou pó e sou tão frágil! Minha alma está tão cansada, meu Pai, está tão sem alento, meu Deus e Senhor, contudo, olho para o céu e olho para os montes, contemplo os verdes das matas e o céu azul. Sinto a brisa e ouço o gorjeio dos pássaros, contemplo a dança das borboletas coloridas e me alegro com sua diversidade.
Até quando, Senhor? Essa pergunta bate e rebate no meu peito, ecoa por minha alma e insiste como uma goteira que pinga de gota a gota, sem parar... Ouço o silêncio de Deus, denso, compacto, impenetrável, profundo demais e absurdamente inquietante... Contudo, Cristo é a minha Paz. Ele me toma pela minha mão direita e me eleva a um alto retiro. Respiro aliviada e busco ouvir os sons do silêncio... E, pela última vez, ouço o eco longínquo das minhas palavras: até quando, quando, quando?

E, finalmente, decido por mim mesma me responder: até quando Deus quiser!

Pra Aline Castejon Mattar

A figueira estéril.

Na Palavra de Deus muitas vezes o homem é comparado a árvores. O próprio Jesus declarou ser a videira verdadeira. (Jo 15). No Salmo 1, o homem é “comparado a árvore plantada junto às correntes das águas, suas folhas não murcham e no devido tempo dá o seu fruto”. A Palavra de Deus é a corrente de água viva, que permite conservar a nossa força e vigor, saúde e capacidade para dar muito fruto. Na parábola descrita em Lucas 9:6-9, Jesus coloca o dono da vinha e seu empregado num diálogo fantástico: o proprietário vem ao pomar e procura frutos na figueira e não tendo encontrado, declara ao servo que há 3 anos busca figos e não acha, pelo que ordena que o servo corte a figueira, pois é estéril e, inutilmente, ocupa a terra. Mas, o servo replica: “Não, Senhor, deixa a planta ainda este ano, eu vou cavar em redor dela e colocar estrume. Se vier a dar fruto, bem está, se não, mandarás cortá-la”. V. 8,9. Esta parábola contêm um grande ensinamento espiritual. Vejamos: 1. O dono da terra é o Senhor Deus. 2. O servo somos nós, os líderes, os ministros do Evangelho, os pastores etc. 3. A figueira em questão é uma vida que precisa ser tratada, cuidada, adubada, até que dê frutos. Primeiramente, todo homem precisa dar frutos dignos de arrependimento. Mat. 3: 8.Depois da conversão, o cristão começa a dar frutos pacíficos de justiça (2Co. 9:10); depois, o servo começa a dar frutos de santificação (Rom. 6: 22), que, durante toda a vida, são manifestos pelo fruto do Espírito Santo, Gal. 5:22. Finalmente, todos estes frutos saltam para a vida eterna e o galardão virá pelos frutos, apresentados diante do Senhor. O sábio Salomão declarou em Prov. 8: 19: “Melhor é o meu fruto do que o ouro, do que o ouro refinado e o meu rendimento melhor do que a prata escolhida”. O que significa isto? Nada levaremos desta vida. Jó disse que nu veio a este mundo e nu voltaria para Deus. Mas, o fruto de nosso trabalho, o fruto pacífico de nossos atos de justiça, o fruto do Espírito Santo em nós, deve ser demonstrado com gestos concretos de: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio ou temperança. Estes são os frutos que todo cristão deve manifestar no decurso de sua vida. O justo, que é odo aquele que é justificado pelo sacrifício de Jesus na Cruz, recebe o Espírito Santo e, se verdadeiramente tem o Espírito, saberá manifestar Seu fruto. Mas, o homem do mundo, o que pode manifestar? Ele está na carne, então obviamente manifestará as obras da carne. Quais são elas? Prostituição, impureza, lascívia (desejo exacerbado de prazer sexual), idolatria, feitiçaria, inimizades, brigas, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedeiras, glutonaria e outras coisas como estas. Paulo afirmou no capítulo 5 da Carta aos Gálatas, que quem pratica estas coisas de modo nenhum herdará o Reino de Deus. Se não herda o Reino, para onde que vai? Pense nisso! Mas, como devemos proceder para que os nossos frutos não sejam da carne e sim do Espírito. Temos a nosso favor, a maravilhosa Graça de Deus, que atua em nós, pelo favor de Jesus Cristo. Mas, também existe a nossa parte, que é o desejo intenso de estar sempre cheio do Espírito Santo, em continuo processo de santificação, sem o qual ninguém verá ao Senhor. Temos a impressão que poucos herdarão o reino, não é mesmo? Por isso mesmo, temos que ter lugar de arrependimento em nosso coração. Se não tivermos, devemos orar e pedir ao nosso Pai Criador: “Cria em mim, ó Deus, lugar de arrependimento”. Davi tinha o coração semelhante ao coração de Deus, porque tinha em si lugar de arrependimento. Todas as vezes que os nossos pés se resvalarem, devemos nos humilhar em oração perante o Senhor e confessar os nossos pecados, clamando pela graça salvadora e pelo perdão de Deus, como ensina Davi no Salmo 51. A figueira era estéril. Mas, o servo se prontificou a cuidar dela adubá-la, regá-la, enfim, estar atento à todas as suas necessidades. Este servo da Parábola, representa os líderes, os pastores, os diáconos, presbíteros etc, que precisam tomar as vidas estéreis e fracas em suas mãos, regando-as com a água pura da Palavra de Deus; com os adubos do conhecimento, do encorajamento, das orações, jejuns e todo tipo de cuidado: nas doenças precisam ser visitados e ungidos com óleo santo. Nas fraquezas precisam ser sustentados em oração e animados a prosseguir, sem desfalecer; quando pecam precisam ser exortados com amor, quando são tentados e caem, precisam de uma mão amiga para conduzi-los de volta ao Caminho do Senhor. Certamente, o Senhor Jesus virá buscar seus servos, porque prometeu a Jacó: Eu não me esquecerei de todas as suas obras, para sempre” Amós 8:7. Todos nós compareceremos diante do tribunal de Cristo? Precisamos chegar com um cesto de frutos maduros, que o Senhor possa receber e Se deleitar. Como estão as suas mãos? Vazias? Você tem frutos pacíficos de justiça e paz, de boas obras e de um serviço contínuo de amor? Cada crente precisa se conscientizar de
que precisa dar frutos, pois pelos frutos conheceremos quem serve a Deus e quem serve a carne. E isto será patente aos olhos de todos. Temos dupla responsabilidade: dar frutos que saltam para a vida eterna e, também, cuidar de quem não está dando fruto, como, amorosamente fez o servo do fazendeiro. Você está disposto a buscar a presença do Espírito Santo, para poder ser conduzido por Ele e, através dele dar muitos frutos para Deus? Você está disposto a orar mais para receber a maravilhosa graça de Deus, e, através dela, ter o poder de realizar a obra que nasce no coração de Deus? Você está disposto a confessar que os seus frutos são escassos e miúdos? Eu quero encorajá-lo para que você possa ser fecundo e frutífero em todos os dias de sua vida. Como está seu ministério? Tem havido frutos? Está prosperando? Tem crescido em qualidade, mas, também em quantidade? Você ministra na força e na unção do Espírito Santo? Você tem buscado a direção de Deus para todas as coisas ou tem agido segundo as emoções de sua carne? Lembre-se: “O espírito está pronto, mas, a carne é fraca”! Busque ao Senhor enquanto é tempo de poder achá-Lo! 

Pense nisso! 

Com amor, 

Pra. Aline Castejón Mattar

O bom senso é uma dádiva.

“O bom siso te guardará e a inteligência te conservará para te livrar do caminho mau e do homem que diz coisas perversas”. Prov.2:11,12.
É impressionante como quase não se encontra nos dias de hoje pessoas dotadas de bom senso. No dicionário senso significa qualidade do prudente, do sensato. A sensatez é um grande dádiva e é a virtude daquele que pensa com cautela e precavidamente. O sensato tem juízo (siso), tem equilíbrio em tudo que faz, é regrado e comedido em todas as situações, a saber: no falar, no agir, no gastar dinheiro, no comprar, no comer, no beber, enfim, em tudo que diz respeito à sua vida.
A Bíblia é tão perfeita que o provérbio resumiu, magistralmente, a questão declarando: o bom siso te guardará! Que maravilha saber que os sensatos são guardados do mal, da vergonha, do escândalo, da perplexidade, da incoerência, da rejeição e de todas as dolorosas consequências. 
Vemos, diariamente, acontecimentos graves que poderiam ter sido evitados se as pessoas envolvidas tivessem usado o bom senso, sendo sensatas e prudentes. Parece-nos que, hoje em dia, o bom senso desapareceu de todas as áreas desse mundo. Quanta insensatez nos julgamentos, na política, nos governos, nos relacionamentos e no seio das famílias. A sociedade violenta é a consequência da insensatez que tem imperado em todos os setores da sociedade. 
Como adquirir cada vez mais o bom senso que a Palavra indica? Já no capítulo primeiro de Provérbios podemos ler: “Provérbios de Salomão, filho de Davi e rei de Israel para aprender a sabedoria e o ensino, para entender as palavras de inteligência, para obter o ensino do bom proceder, a justiça, o juízo e a equidade; para dar aos simples a prudência e aos jovens conhecimento e bom senso(siso). Ouça o sábio e cresça em prudência...” Prov.1:1-4. E, ainda: “Filho meu, não se apartem estas coisas dos teus olhos: guarda a verdadeira sabedoria e o bom siso, porque serão vida para a tua alma e adorno ao teu pescoço. Então, andarás seguro em teus caminhos e não tropeçará o teu pé.” Prov.3:21-23. Podemos tirar alguns princípios desses Provérbios que muito irão nos esclarecer e amadurecer. Vejamos:
1.Podemos aprender a ter bom senso, entendendo as palavras da inteligência e da sabedoria, assim como aprendemos a ser mansos e humildes. A criança, de modo geral, é imprudente, voluntariosa, insensata e voltada para o mal e o erro. Ela precisa ser ensinada e corrigida. As emoções da criança são desequilibradas e não guardam os limites. Ela é insensata e suas emoções são infantis e precisam crescer como o físico cresce. Um adulto infantil nas emoções é uma lástima tanto para si próprio, como para todos que o cercam. Acaba perdendo o respeito de todos e, automaticamente, será rejeitado, sendo motivo de chacotas e desrespeito. O “adulto-criança” dá trabalho e acaba se tornando indesejável e o seu fim é a solidão. Todo ser humano precisa crescer nas emoções, amadurecer e tornar-se moderado em tudo. A Bíblia fala no “espírito de moderação” ou “temperança”. 1:7. Em 2 Tim. 1:7 lemos: “Porque Deus não tem nos dado espírito de covardia, mas, de poder, de amor e MODERAÇÃO.” Em Fil.4:5 podemos ler: “Seja a vossa MODERAÇÃO conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor”. E, também Rm.12:3 declara: “Porque pela Graça que me foi dada, digo a cada um de vós que não pense de si mesmo além do que convém, antes pense com MODERAÇÃO, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um”.
2.Devemos crescer na prudência, na sabedoria e no bom senso. O conhecimento da Palavra nos faz enxergar a beleza do verdadeiro procedimento e nos leva à maturidade espiritual. O espírito de moderação também chamado de domínio próprio é fruto do Espírito Santo. Leia Gálatas 5:22. E, pessoas que não são, naturalmente, dotadas de bom senso podem aprender com o Espírito Santo o verdadeiro proceder, segundo Deus.
3.Devemos vigiar e buscar a sabedoria com empenho. Há pessoas muito inteligentes, preparadas culturalmente e até conhecedoras da Palavra de Deus mas, são totalmente desprovidas de bom senso. Quando Salomão disse: “Filho meu: não se apartem essas coisas dos teus olhos” isso significa: vigie, presta atenção, fique ligado e pratique!! 
Os 3 passos indispensáveis para alcançarmos o bom senso é aprender, crescer e vigiar!!! Nunca se esqueça disso!!!
Saiba, meu querido irmão, que TODOS NÓS, precisamos aprender mais e mais, crescer muito mais ainda e vigiar de dia e de noite. Ninguém foge a essa regra!!! Daí, sim, poderemos gozar das fiéis promessas feitas por nosso bondoso Deus e Pai! Pense nisso! 
Que a Graça de Deus o capacite para alcançar o topo da sabedoria, da prudência e do bom senso por todos os dias de sua vida! 
Com amor,
Pra. Aline Castejón Mattar

A Crucificação de Jesus.


Jesus estava exausto! Depois do Getsêmani, do julgamento e das longas horas em que foi humilhado, machucado, desprezado e maltratado pelos soldados (Mt. 27:27-31), Ele ainda tinha que carregar Sua cruz pela cidade de Jerusalém. Dada a Sua exaustão, provavelmente, Jesus andava muito devagar, e isso retardava a procissão que o seguia. Simão, o Cirineu, um africano que olhava Jesus passar, foi obrigado a carregar a cruz do Senhor. Talvez as pessoas olhassem Simão, como um criminoso carregando sua cruz. Sem dúvida nenhuma, foi uma situação constrangedora para Simão, mas, que honra Simão terá na eternidade! A princípio, Simão foi compelido a se envolver fisicamente na cruz de Jesus, mas, mais tarde, tudo indica que ele próprio escolheu se apropriar do sentido espiritual da cruz de Cristo. Marcos 15:21 fala dos filhos de Simão, Rufo e Alexandre como homens reconhecidos na Igreja cristã e Paulo menciona Rufo, com grande afeição (Rm. 16:13). Não sabemos o que aconteceu naquele trajeto, mas sabemos que este encontro com Jesus, ainda que nas últimas horas do Senhor nesta terra, fizeram toda a diferença na vida de Simão. E você? É um leitor que apenas observa Jesus passar, sem querer tomar parte em sua cruz ou você escolheu ter parte na cruz de Cristo? Pense nisso com carinho!
Muitas pessoas não sabem que a crucificação de Jesus levou aproximadamente 6 horas. Durante as três primeiras horas, das 9:00 às 12:00h, os soldados repartiram a túnica de Jesus; Ele orou pelos seus inimigos; conversou com ladrão na cruz e por fim, deu as últimas recomendações a João em relação a sua mãe. Das 12h às 15h grandes trevas cobriram a terra (Mt. 27:45). Neste período, Jesus sentiu uma enorme agonia em Seu Espírito. Jesus carregou o pecado da humanidade, sentiu o desamparo do Pai e clamou em alta voz: “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?” (v.46) Antes da crucificação, era costume oferecer ao condenado uma bebida sedativa. Jesus recusou tomá-la (v. 34; Mc. 15:22-23). O propósito do Senhor era terminar o trabalho que o Pai tinha confiado em suas mãos. O cálice do sofrimento deveria ser bebido com toda a sua amargura. 
Os quatro evangelhos e também o Salmo 22:17-18 relatam o episódio das vestes de Jesus. Este fato tem um significado espiritual importante para nós. Nos tempos de Jesus, nenhuma pessoa digna se despia em público. Estar desnudado em público significava humilhação e desgraça, mas um criminoso não tinha direito à privacidade. Jesus sofreu todo tipo de indignidade pessoal. Nem sequer na hora da morte teve algum respeito. Paulo em 2 Co. 8:9, faz menção desta indignidade.O pecado desfigura as pessoas aos olhos de Deus. A visão de Jesus nu na cruz era repulsivo. Isaías 52:14 diz que Jesus estava desfigurado.
Em Mt.27:39-44 podemos constatar que quatro zombarias, por quatro grupos diferentes, foram lançadas com a inspiração satânica, no momento da maior dor de Jesus. A saber: os que passavam pelo local (v.39): “salva-te a ti mesmo, se és Filho de Deus”, ou seja, se você não é um mentiroso, desce daí. Era o que Satanás queria; os principais sacerdotes, escribas e anciãos (v.41): eles atacaram o poder salvador de Jesus “se salva outros, salve-se a si mesmo”; os soldados (Lc. 23:36); os ladrões (Lc. 23:39).)
No verso 44 lemos que as trevas cobriram a Terra, das 6h às 9h. Mas, esse não foi um lamento da natureza
pelo Senhor Jesus ou o julgamento de Deus contra Jerusalém. Não, a Bíblia diz que houve trevas. Essas trevas eram uma parte do inferno. Deus chama o inferno de trevas (Mt. 25:30). Uma das pragas do Egito foi trevas (Ex. 10:21). Trevas representaram o julgamento de Deus sobre o pecado do mundo, que Jesus carregou neste momento na cruz.
No verso 46, Jesus clamou ao Pai: “Meu Deus por que me desamparaste?” E esse foi um clamor de desespero, oração de pedido de ajuda e também um clamor cumprindo uma profecia (Sl. 22:1). Mas acima de tudo, foi um clamor de uma fé inabalável, que proclama a confiança em Seu eterno relacionamento com Deus, e essa, nem o poder da terra, nem o poder do inferno poderiam abalar. Durante as 3 horas que antecedem este clamor, Jesus sofreu em silêncio o julgamento de Deus dos nossos pecados.
E, finalmente, as últimas palavras de Jesus na Cruz foram: “Tenho sede”; “Está consumado” e “Pai, em tuas mãos entrego meu espírito”. Seu sofrimento tinha chegado ao fim e Seu corpo foi entregue a morte.
E você, diante desse quadro terrível, como se sente? Queira Deus que essa mensagem toque profundamente o seu espírito de maneira tremenda e inigualável e que a sua gratidão e amor por Jesus alcance a proporção gigantesca que deve ter, pois todos nós estamos diante do maior gesto de amor de todos os tempos!

Com amor,                                                                

Pra. Aline Castejón Mattar