2013 já está chegando aos seus últimos dias... Ouvimos, pelo menos, meia centena de pregações ou estudos da Palavra de Deus no decurso desse ano. Se partirmos das primícias de que, a cada Palavra ministrada, a nossa fé cresce e amadurece, temos que admitir que houve uma genuína transformação em nós. Você concorda comigo? Então, analise sinceramente: o que mudou em sua vida no decurso desse ano? O que você aprendeu de novo? O que você decidiu alterar em sua maneira de viver e pensar?
Quero levar o querido irmão à última interpelação do Senhor Jesus, quando, dirigindo-se aos discípulos ao terminar a Sua pregação do Sermão da Montanha, disse: “todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha”. Mat.7: 24. Em outras palavras, Jesus poderia ter lhes dito: Então, agora, pois, que vocês acabaram de ouvir todo meu sermão, eu lhes pergunto: vocês somente ouviram ou começaram a praticar também as minhas palavras?
Da mesma maneira eu lhes pergunto: vocês ouviram aos domingos, pelo menos 48 mensagens durante esse ano. Agora, pois, vocês somente ouviram ou decidiram praticar tudo que ouviram? Eis a questão!!! Ouvir, todos ouvem, desde que não sejam surdos... Mas, praticar é virtude dos prudentes e sábios, que obedecem e temem ao Senhor. São todos prudentes? São todos sábios? Jesus deixou bem claro que os sábios constroem a sua vida em Jesus e em sua doutrina. Que “casa” é você? Ela está construída sobre a doutrina de Jesus ou sobre os seus próprios conceitos e preceitos?
Disse Jesus que os tolos edificam a sua casa sobre areias e estas são movediças. Vêm os vendavais, as tempestades, sopram os ventos, transbordam os rios e a chuva dá com ímpeto sobre a casa e ela, certamente, não suporta e desaba.
Jesus usou de muita dualidade comparativa no Sermão da Montanha. Ele falou em 2 estradas, 2 fundamentos, 2 senhores, 2 árvores, 2 frutos, a luz e as trevas, enfim, Jesus quis dizer que não há meio termo: ou o fruto é bom ou ruim, ou haverá trevas ou luz, ou a árvore é boa ou má. E eu digo: ou você está no caminho ou está à beira dele. Torno a lhe perguntar: o que mudou na sua vida nesse ano de 2013? Houve mudanças reais? O que você fazia fora da Palavra, você não faz mais? O que pensava erroneamente, você tratou de corrigir e alinhar? Suas reações negativas se transformaram em atitudes de amor, paciência e bondade? E mesmo: a maneira de você se relacionar com Deus permanece inalterada ou você está cavando bem mais fundo a sua intimidade com o Senhor? Em Lucas 6:46, no texto paralelo, há um detalhe muito interessante, que Mateus não menciona. Vejamos: “Todo aquele que vem a mim e ouve as minhas palavras e as pratica, eu vos mostrarei a quem é semelhante: É semelhante a um homem que edificando a sua casa, cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha e, vindo a enchente, arrojou-se o rio contra aquela casa e não a pode abalar, por ter sido bem construída”.
Que tipo de construção é a sua? Será que tem cavado uma profunda vala ou sua escavação tem sido
superficial? Veja bem: relacionamento superficial com Cristo não perdura!!! Hoje você é cristão e frequenta uma Igreja. Mas, se seu relacionamento é superficial, ele não será duradouro. Agora, quando buscamos a profundidade das riquezas do Evangelho, quando buscamos, a cada dia, mais e mais intimidade com Deus, mais compromisso, mais disposição em servi-Lo, então, sim estamos cavando um alicerce profundo, sobre a Rocha, que é Jesus mesmo.
Jesus perguntou aos discípulos? O que vocês fizeram com o meu Sermão? E eu lhes pergunto também: o que vocês fizeram com toda pregação desse apertado ano de 2013?
Concluindo, quero lhes dizer: uma vida solidificada e segura precisa ser construída sobre a obediência da Palavra de Deus. Devemos examinar de fato as condições de nosso coração para detectar o seu verdadeiro estado. É claro que ainda estamos “em obras”... Nossa “casa” estará pronta quando aprouver ao Senhor nos transportar para as mansões eternas, que Ele está preparando para nós. Até lá, vamos fazer a nossa parte, cavando bem fundo os alicerces de nossa vida futura, a fim de que as tempestades da vida não nos destruam, nem nos esterilize. Pense nisso com carinho.
Com amor,
Pra. Aline Castejón Mattar
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