sábado, 26 de outubro de 2013

O fio da prata....

Há uns tempos atrás eu tive uma experiência muito difícil de descrever. Fui operada e a cirurgia levou mais de 10 horas. Quando estava voltando da anestesia, senti, por uma fração de segundos, a tênue linha que separava a minha consciência do tremendo e abissal desconhecido, que é o além. Depois desta experiência, mais do que nunca eu tive a convicção de que quem está em Cristo não terá um desenlace doloroso e difícil. O momento da morte será como atravessar um fio apenas, que prende o espírito à matéria.
A matéria, que é pó, vai ficar aqui e tornará à terra, exatamente como era. Mas, o espírito voltará a Deus, de onde saiu, para viver eternamente com o Senhor, provando e sabendo, de eternidade em eternidade, que o Senhor é Deus! Não é maravilhoso tudo isto? “Lembra-te do Teu Criador.....antes que se rompa o fio da prata e se despedace o copo de ouro e se quebre o cântaro junto à fonte e se desfaça a roda junto ao poço e o pó volte à terra como era e o espírito volte a Deus, que o deu”. Ecl. 12: 6 e 7.
Porque o sábio rei Salomão fala em “fio da prata”? Prata é a figura da redenção que há em Cristo Jesus. O nosso corpo precisa de redenção, porque foi formado da semente do pecado. “Eu nasci na iniquidade e em pecado me concebeu a minha mãe”. Salmo 51: 5. A obra redentora de Jesus Cristo veio nos libertar deste estigma do pecado original. Por isso, o espírito do homem precisa ultrapassar o “fio da prata” que irá se romper, para devolver ao espírito, a sua liberdade de origem! “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres!” Jo. 8:36.
O que a Bíblia fala das eternidades? Qual será o primeiro fato que será descortinado para nós, os cristãos? Nossa primeira experiência será a ressurreição, a transformação instantânea de nosso corpo mortal num corpo glorificado e em seguida, o arrebatamento.
Enéas Tognini, em seu livro “O plano de Deus e o arrebatamento” faz uma descrição belíssima, que transcrevo na íntegra.
“Será um dia calmo, o padeiro prepara o seu pão, as lojas estarão abertas, homens e mulheres trabalham, os aviões cortam os espaços, os ônibus e trens e carros trafegam normalmente, uns se casam, outros fazem grandes negócios, os lavradores plantam, os juízes nas suas cátedras julgam, a polícia age, os grandes governam, e no outro hemisfério dormem, ou então, os pecadores se perdem nos vícios, nos jogos, nos prazeres da carne; muitos, porém, trabalham normalmente, misturados com ímpios.... Nisso, nos ares a trombeta ressoa e um impressionante fato ocorre em todo mundo: os mortos em Cristo ressuscitam primeiro. Sepulturas serão abertas sem o toque da mão humana; a terra devolverá seus mortos, o fogo e a água também. Desde a primeira pessoa que morreu em Cristo, talvez Abel, até o último, que morreu há um minuto e cujo corpo ainda está quente, todos em Cristo ressuscitarão primeiro. Um exército grande, grande, que ninguém consegue contar começa a subir, subir, subir...”
Os incrédulos não terão olhos espirituais para ver os santos subindo para o Senhor, com o corpo glorificado, em triunfo; porém terão a oportunidade de ver os sepulcros vazios e sentirão a ausência de muitos familiares, amigos e conhecidos. “Dois numa cama: um será levado e outro será deixado, duas mulheres estarão juntas moendo: uma será tomada e a outra deixada; dois num campo: um desaparecerá, o outro ficará.”Lc.17:34-36. Quando os mortos começarem a subir, os vivos serão arrebatados nos ares e todos se unirão para formar um só exército. E, com Jesus, viveremos para sempre! Aleluias!
Que dia glorioso será esse! Você está preparado para ser arrebatado? Qual é a sua prioridades: você deseja esse dia ou está ainda como a mulher de Ló, que deixou seu coração atado nas delícias desse mundo? Pense nisso!!!

Com amor,

Pra. Aline Castejón Mattar